4 de fev. de 2010

Sensações

Todos dormem. Daqui a pouco vai amanhecer e eu nem preguei os olhos... Quatro horas da madrugada... o silêncio da noite só é quebrado pelo som do meu ventilador de teto que meu pai instalou e que teima em fazer barulho vez ou outra. Meu pai teima em ser o eletricista da casa: ele se esforça...

Arrumo fotos no meu álbum. Incluo novas fotos, mudo a ordem, escrevo legendas... Leio o recado dele e o meu para ele. Diversas vezes... Que felicidade nova boa!

Olho as fotos. Adoro ver fotografias: elas eternizam os frames de segundos das nossas vidas e nos permitem lembrar de momentos que não mais faziam parte da nossa memória. Fotografias não roubam a nossa alma - como acreditavam os índios -, elas enriquecem-na de boas lembranças...


O som do ventilador torna-se insuportável. E, apesar do verão, faz-se uma temperatura agradável a esta hora. Desligo-o. Um avião corta o céu. Passou perto. Sei pelo som. Resolvo escrever para ver se dá sono ou se surge alguma coisa interessante além das sensações... Novas sensações. Mas nada surge. Não surge nada além destas palavras-sensações. E o sono se aproxima em meio aos pensamentos. Novos pensamentos...

Lembro que tenho que forrar os livros novos da escola de minha filha. Pelo menos os da aula de amanhã. Ou melhor, de hoje... Não quero desapontá-la mais uma vez... Resolvo parar de tentar achar frases legais, alguma ideia bacana para desenvolver. Neste momento sou apenas sensações: sono, paixão, saudade, peso da responsabilidade e a tal da dor na coluna que me atacou desde ontem. Daqui a pouco ela passa.

É hora de forrar os livros. Coloco umas músicas para tocar enquanto faço minha tarefa maternal. Passa rápido. É bom porque assim eu consigo acabar e ainda dormir um pouco antes da sessão de acupuntura. Adoro os orientais e suas agulhas!

Nenhum comentário:

Postar um comentário