13 de out. de 2008

Cá, com meus botões...

Sempre gostei de falar. Falar demais. Não sobre os outros - porque acho que cada um sabe do seu próprio umbigo e ninguém tem nada a ver com isso. Mas sempre gostei mesmo foi de falar sobre mim: minhas angústias, paixões, sonhos, problemas, momentos engraçados, tristes e felizes.

Minhas amigas sempre foram verdadeiras psicanalistas, coitadas! Não que não gostassem de me ouvir... Elas sempre se divertiram acompanhando cada capítulo da minha "novela"! Tenho uma amiga que dizia que não podia passar mais do que duas semanas sem falar comigo... perdia o fio da meada da minha história! Eu sempre tinha pelo menos duas novidades em um dia! rs!

Escrevo, aqui, "dizia", "perdia", porque, no momento, estou estudando para concurso (o que é sinônimo de inércia social quase que total!) e, por isto, nada de viagens, shows, finais de semana inteiros na praia, ou uma brecha no tempo para inventar mais uma atividade física ou musical para incluir na minha (sempre cronometrada) semana! Ainda bem que tenho um amor de filha que entende isto e adora fazer programas caseiros... Ela conseguiu me acalmar! Obrigada, Julia! Se não fosse você, não sei o que seria de mim!

O fato dos estudos terem me imposto uma desacelerada (interna até), fez com que eu me tornasse uma pessoa mais contemplativa, observadora, e por isto, questionadora das atitudes do ser humano. Deste em relação ao próximo e ao mundo. Comecei a ter a necessidade de falar - escrever, sei lá! - sobre determinados sentimentos que estavam me inquietando a alma e me desconcentrando nos estudos. Tanto sobre coisas próximas quanto sobre acontecimentos cotidianos que nós nem prestamos mais atenção à sua importância por termos nos acostumado a eles e passado a achá-los "naturais".

Resolvi, então, dividir meus pensamentos. E pensei em escrever como se falasse em pensamento para mim mesma. Para os meus botões. Sejam eles da camisa, sejam eles de rosas... sejam aqueles (os pensamentos) os mais humanos ou os mais puros. Em suma: escreverei como quem fala a si, sem barreiras... Por vezes feliz, por vezes indignada, por vezes romântica, por vezes curta e grossa, ou até mesmo melancólica.

Diferente de como seria num divã. Não teria coragem de ouvir minha própria voz falar a um estranho(a) sobre os meus mais humanos pensamentos...
Deixarei, pois, que meus dedos registrem-nos nesta rede... para qualquer pescador de pensamentos saciar sua fome. Cá, com meus botões, escrevei para mim e pra quem mais quiser ver.

Espero que gostem. Espero gostar.

Candice Morais

Um comentário:

  1. Oi candi, amei a idèia do blog, assim, mesmo de longe mato as saudades, que nao sao poucas, ainda mais com a proximidade do inverno, onde sei que sentirei muita falta do calor humano dos meus amigos!!! beijos beijos

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